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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

(Paulo Leminski)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Eu deveria ter nascido do avesso, meu interior é mais bonito. (Dear John)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012


"Não sei ainda quanto tempo temos de vida 
a vida já vivida já nos deu razão 
teve sofrimento, e tanta alegria 
Mas o que eu desejo é que o tempo 
venha lento, dia a dia 
entre dentro com o vento 
seja fresco como a brisa 
como beijo o seu peito 
o amor que contagia..." ♪

(Nando Reis)


quinta-feira, 20 de setembro de 2012


"The child is grown
The dream is gone
And I have become
Comfortably numb."

A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro, defeito esse que me entorpece. 
(Guimarães Rosa)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Texto do meu primo, Ramon, inspirado em mim, olha que honra!!!


O curioso caso dos cachos de Aninha...



Aninha nasceu assim: como todas as outras Anas, menina, gorduchinha e com aquela carinha inocente... Nasceu com o cabelo preto. Preto como o petróleo. Preto como a tinta da China... Nasceu com cachos nos cabelos... Cachos como uvas pretas... Cachos como só cachos podem ser... O tempo passou e Aninha nem sabia ainda que tinha ganho um tesouro... E que tesouro... Nos cabelos de Aninha estava a fonte da sua força. Como o mítico Sansão, Aninha encontrava força nos seus cachos para superar o fato de seus coleguinhas a chamarem sempre de pequenininha, de gorduchinha, de miudinha, de Aninha... Não bastassem os apelidinhos típicos da infância, Aninha ainda embrenhava-se em seus caracois pensando numa forma de ser livre, de ser ela mesma. Um belo dia, quando a mãe tirava do forno uma bela fornada de biscoitos de chocolate,ela, subitamente, vira para a matriarca e fala: - Mãe, eu quero voar... Assustada com a pergunta, mas sabendo que a filha não pensava pequeno, a mãe responde a pequenina: - Voa Ana, voa... Mas Aninha não queria alçar voos até os céus, ela queria voar até onde ninguém jamais tinha ido, ela queria voar até a felicidade que ela mesma achava que não existia. Foi então que, quando sentiu pela primeira vez o vento soprar os seus cachos, os seus caracois,o seu tesouro, Aninha sentiu que a felicidade era algo tão grande e pequeno ao mesmo tempo, que estava ali todo o tempo, debaixo dos seus cachos, entre seus dedos. Aninha descobriu que, não são as pessoas que poderiam fazê-la feliz, mas, ao contrário, ela descobriu que só se pode ser feliz, quando se opta por isto desde sempre. E quanto ao final desta estória? E Aninha, que fim levou? Vamos, conte! Ah, o final desta estória não existe, pois a lição de Aninha vive em todos nós ainda hoje! Voa Ana, voa...

(Pois é... Aninha sou eu, que nasci com cachos negros, os pintei de vermelho, mas ainda sinto a mesma força! Grata pela homenagem, Ramon.)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

¿Se pueden inventar verbos? Quiero decirte uno: Yo te cielo, así mis alas se extienden enormes para amarte sin medida.

Frida Kahlo (Carta a Carlos Pellicer en 1947)


quarta-feira, 5 de setembro de 2012



Não me peçam razões, que não as tenho, 
Ou darei quantas queiram: bem sabemos 
Que razões são palavras, todas nascem 
Da mansa hipocrisia que aprendemos. 

Não me peçam razões por que se entenda 

A força de maré que me enche o peito, 
Este estar mal no mundo e nesta lei: 
Não fiz a lei e o mundo não aceito. 


Não me peçam razões, ou que as desculpe, 

Deste modo de amar e destruir: 
Quando a noite é de mais é que amanhece 
A cor de primavera que há-de vir.


José Saramago

sábado, 1 de setembro de 2012


"Sem problema
Ser figurante da sua história
E, olha, nem força sua memória
Nem nome eu preciso ter."