Escrever é uma forma de camuflar a dor; é uma válvula de escape; é um anestésico infalível. (Otávyla Gomes)
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Texto do meu primo, Ramon, inspirado em mim, olha que honra!!!
O curioso caso dos cachos de Aninha...
Aninha nasceu assim: como todas as outras Anas, menina, gorduchinha e com aquela carinha inocente... Nasceu com o cabelo preto. Preto como o petróleo. Preto como a tinta da China... Nasceu com cachos nos cabelos... Cachos como uvas pretas... Cachos como só cachos podem ser... O tempo passou e Aninha nem sabia ainda que tinha ganho um tesouro... E que tesouro... Nos cabelos de Aninha estava a fonte da sua força. Como o mítico Sansão, Aninha encontrava força nos seus cachos para superar o fato de seus coleguinhas a chamarem sempre de pequenininha, de gorduchinha, de miudinha, de Aninha... Não bastassem os apelidinhos típicos da infância, Aninha ainda embrenhava-se em seus caracois pensando numa forma de ser livre, de ser ela mesma. Um belo dia, quando a mãe tirava do forno uma bela fornada de biscoitos de chocolate,ela, subitamente, vira para a matriarca e fala: - Mãe, eu quero voar... Assustada com a pergunta, mas sabendo que a filha não pensava pequeno, a mãe responde a pequenina: - Voa Ana, voa... Mas Aninha não queria alçar voos até os céus, ela queria voar até onde ninguém jamais tinha ido, ela queria voar até a felicidade que ela mesma achava que não existia. Foi então que, quando sentiu pela primeira vez o vento soprar os seus cachos, os seus caracois,o seu tesouro, Aninha sentiu que a felicidade era algo tão grande e pequeno ao mesmo tempo, que estava ali todo o tempo, debaixo dos seus cachos, entre seus dedos. Aninha descobriu que, não são as pessoas que poderiam fazê-la feliz, mas, ao contrário, ela descobriu que só se pode ser feliz, quando se opta por isto desde sempre. E quanto ao final desta estória? E Aninha, que fim levou? Vamos, conte! Ah, o final desta estória não existe, pois a lição de Aninha vive em todos nós ainda hoje! Voa Ana, voa...
(Pois é... Aninha sou eu, que nasci com cachos negros, os pintei de vermelho, mas ainda sinto a mesma força! Grata pela homenagem, Ramon.)
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Ou darei quantas queiram: bem
sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.
Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.
Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.
José Saramago
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